Setembro foi um mês de forte volatilidade para o mercado financeiro brasileiro, o que impactou negativamente o desempenho de ativos de maior e de menor risco.
A razão para a baixa performance pode ser atribuída à soma de alguns fatores.
No cenário externo, o receio de uma segunda onda de contaminações pelo coronavírus trouxe apreensão aos mercados europeus, principalmente pelo fato de que, diante do surgimento de novos casos da doença, países como Inglaterra, França e Espanha retornaram com as medidas de segurança, o que certamente afetará o ritmo de recuperação econômica que vinha sendo observado. As incertezas quanto ao controle da pandemia também têm sido uma preocupação no cenário norte-americano e mesmo diante de uma reconhecida melhora nas condições financeiras do país, o FED (Federal Reserve) afirmou que o vírus continua apresentando riscos consideráveis à economia.
No âmbito doméstico dúvidas sobre a trajetória fiscal voltaram ao centro das atenções, contribuindo para derrubar o preço dos ativos locais. Primeiramente há o fato de os pacotes de estímulos lançados durante a pandemia terem elevado os gastos do governo e, consequentemente, a dívida bruta do país.
Outro ponto foi o anúncio para a renovação do programa de auxílio emergencial e a necessidade de encontrar recursos para custear os valores adicionais sem que seja ultrapassado o teto de gastos. A justificada necessidade do aumento de gastos aumenta o risco de deterioração das contas públicas e com isso a desconfiança sobre a capacidade do Brasil de pagar as dívidas.
Nesse contexto de riscos, a reação dos mercados interno e externo foi imediata, refletindo também no desempenho dos Perfis de Investimento do Plano PAI que ficou aquém do desejado, com rentabilidade negativa nos três perfis: Conservador –0,02%; Moderado – 1,14% e Agressivo –1,88%.
No caso do Perfil Conservador, o impacto veio dos ativos de renda fixa como os títulos públicos indexados à inflação (NTN-Bs) que rentabilizaram na média – 1,51%, e os pré-fixados (LTNs e NTN-Fs) que ficaram em -0,56%. A percepção do risco fiscal alcançou inclusive os títulos públicos pós-fixados (LFTs) com rendimento de -0,27%, surpreendendo os investidores, já que historicamente esse tipo de título não costuma apresentar volatilidade e sua rentabilidade é próxima ao seu indexador, a taxa Selic.
Já os Perfis Moderado e Agressivo, que possuem em suas carteiras ativos de maior risco, em menor e maior proporção respectivamente, tiveram suas rentabilidades afetadas em grande parte por conta da queda das bolsas. No Brasil, o Ibovespa terminou o mês com desvalorização de -4,80%, e no ano acumula perda de -18,20%. Nos EUA, o S&P 500 fechou em -3,92%, e o MSCI World, principal indicador global de ações, rentabilizou -3,59%.
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